O segundo bloco do debate na TV Globo, realizado na noite desta quinta-feira, foi marcado por um intenso confronto entre os candidatos à prefeitura de Belo Horizonte, Rogério Correia (PT) e Bruno Engler (PL). O que deveria ser uma discussão sobre saneamento básico rapidamente se transformou em uma troca de acusações e ofensas pessoais.
O embate começou quando Correia questionou a capacidade de Engler de resolver questões de saneamento básico:
‘Bruno Engler, como é que você pode pensar em resolver saneamento básico, se você só cria encrenca com o governo federal?’
Engler respondeu citando o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e afirmou que manteria uma relação diplomática com o presidente Lula, acusando Correia de não negociar com o governador Romeu Zema. O candidato do PL declarou:
‘Eu não tenho problema em dialogar com ninguém para trazer soluções para Belo Horizonte.’
A discussão rapidamente se intensificou, com Correia chamando Engler de ‘desequilibrado’ após menções aos escândalos do Mensalão e do Petrolão. O candidato petista aproveitou para criticar a postura de Engler durante a pandemia:
‘Nem para tomar uma vacina de Covid-19 ele serviu. No Brasil, 700 mil pessoas morreram por causa desse tipo de comportamento, esse sim, imbecil.’
Engler revidou, sugerindo que Correia usava ‘uma substância que rima com cloroquina’ e acusou o PT de defender criminosos:
‘Vocês defendem os criminosos, defendem os bandidos.’
A mediadora do debate, a jornalista Liliana Junger, teve que intervir, pedindo respeito e solicitando que os candidatos se ativessem aos temas propostos.
Correia, utilizando seu direito de resposta, acusou Engler de mentir repetidamente e o comparou a outro político:
‘Ele fala mentiras atrás de mentiras ofendendo as pessoas. Acho que ele está com inveja do Pablo Marçal.’
O debate encerrou com Correia reiterando as críticas à postura de Engler durante a pandemia, afirmando:
‘Ele não tomou vacina porque não acredita na vacina.’
Este acalorado confronto entre os candidatos demonstra a tensão crescente na corrida pela prefeitura de Belo Horizonte, com temas como saúde pública e relações governamentais no centro das discussões.