O debate entre os candidatos à vice-presidência dos Estados Unidos, J.D. Vance (republicano) e Tim Walz (democrata), ocorreu nesta terça-feira, 1º, marcando possivelmente o último confronto direto antes das eleições presidenciais de 2024. Embora debates entre vices raramente influenciem significativamente os resultados, a proximidade com a votação e a disputa acirrada entre Kamala Harris e Donald Trump nos estados-pêndulo tornam este encontro potencialmente decisivo.
Os candidatos iniciaram o debate abordando a crise no Oriente Médio, após o recente ataque do Irã a Israel. Questionados sobre apoiar um ataque preventivo ao Irã, ambos evitaram respostas diretas.
Tim Walz enfatizou: ‘A capacidade de Israel de se defender é absolutamente fundamental’. J.D. Vance, por sua vez, declarou: ‘Devemos apoiar nossos aliados onde quer que estejam quando estiverem lutando contra os bandidos’.
A devastação causada pelo furacão Helene, que resultou em mais de 150 mortes nos EUA, levou a uma discussão sobre mudanças climáticas.
Walz descreveu o evento como ‘uma tragédia horrível’, enquanto Vance expressou ceticismo quanto à ligação entre emissões de carbono e aquecimento global, afirmando que ‘muitas pessoas estão justificadamente preocupadas com esses padrões climáticos malucos’.
A polêmica envolvendo imigrantes haitianos em Springfield, Ohio, gerou um momento tenso no debate.
Walz acusou Vance e Trump de difamar imigrantes legais, enquanto Vance argumentou que os 15.000 haitianos residentes na cidade estavam criando problemas econômicos e habitacionais. O tema do aborto provocou uma das discussões mais acaloradas do debate.
Vance acusou os democratas de serem ‘radicais pró-aborto’, ao que Walz respondeu: ‘Não, não somos. Somos pró-mulher. Somos a favor da liberdade’.
Ambos os candidatos compartilharam histórias pessoais relacionadas ao aborto, com Walz citando casos de mulheres que enfrentaram complicações devido a restrições ao procedimento.
Ao discutir o estado da democracia, os candidatos afirmaram que ‘apertariam as mãos’ ao final das eleições.
Walz enfatizou: ‘O vencedor precisa ser o vencedor’, criticando a recusa em reconhecer a derrota nas eleições de 2020. Vance, por sua vez, argumentou que os democratas também questionaram resultados eleitorais no passado.