A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou nesta terça-feira (1º de outubro) que a cidade está enfrentando uma escassez de vacinas contra a catapora. Até o momento, 36 pessoas já foram diagnosticadas com a doença. A situação é preocupante, pois o município não recebe remessas suficientes para atender à demanda desde abril deste ano.
De acordo com informações da PBH, Belo Horizonte recebeu cerca de 18 mil doses da vacina entre janeiro e março de 2024. No entanto, o cenário mudou drasticamente nos meses seguintes:
Nos meses de abril a junho, não houve envio de novas remessas de vacinas contra a catapora para a capital mineira. Essa interrupção no fornecimento começou a gerar preocupação entre as autoridades de saúde locais.
Em julho e agosto, a situação melhorou ligeiramente, com o município recebendo aproximadamente 5 mil doses. Contudo, esse número ainda é considerado insuficiente para atender à demanda mensal da cidade, estimada em 6,5 mil doses.
A Prefeitura de Belo Horizonte já notificou a Secretaria de Estado de Saúde (SES) sobre o problema. Até o momento, não há previsão de reabastecimento das unidades de saúde da capital, o que agrava a situação.
O esquema vacinal contra a catapora em Belo Horizonte prevê duas doses: a primeira aplicada aos 15 meses de idade e a segunda aos 4 anos. Com a falta de vacinas, esse cronograma está sendo comprometido, colocando em risco a saúde de crianças e aumentando a possibilidade de surtos da doença.
O Ministério da Saúde esclareceu que o desabastecimento é um problema nacional, causado pela falta de entregas regulares pelo laboratório produtor da vacina. Para mitigar a situação, a pasta tem realizado aquisições emergenciais com fornecedores nacionais e internacionais.
No final de 2023, foram adquiridas 2,7 milhões de doses por meio do Fundo Rotatório da OPAS/OMS. Há expectativa de que 150 mil doses sejam entregues até setembro deste ano.
O Ministério da Saúde prevê que a regularização do fornecimento só ocorrerá no primeiro semestre de 2025, quando o processo de aquisição para 2024 deverá ser concluído.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) foi contatada para comentar sobre a situação, mas não forneceu resposta até o momento da publicação desta notícia.