A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou a remarcação das datas dos jogos de volta das semifinais da Copa do Brasil 2024, atendendo a pedidos do Atlético Mineiro e do Flamengo. A mudança foi justificada pela necessidade de evitar desfalques devido à Data FIFA, permitindo que os clubes contem com jogadores convocados para suas seleções nacionais.
O Atlético Mineiro emitiu um comunicado apoiando a decisão da CBF, afirmando que a alteração ‘restabelece os princípios da isonomia, da igualdade de oportunidades e do equilíbrio das disputas, previstos no Regulamento Geral de Competições da CBF’.
A CBF remarcou o jogo entre Vasco e Atlético para 19 de outubro, e o duelo entre Corinthians e Flamengo para 20 de outubro. Ambas as partidas estavam originalmente agendadas para 17 de outubro.
O Vasco da Gama protestou contra a mudança, protocolando uma medida inominada no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O clube carioca argumentou que ‘A referida modificação, realizada sem o consentimento do Vasco e de maneira contrária ao calendário previamente estabelecido, viola tanto a Lei Geral do Esporte quanto o Regulamento Geral de Competições da própria CBF’.
O Corinthians também se juntou ao Vasco na contestação da decisão, acionando o STJD. Ambos os clubes solicitam que os jogos ocorram nas datas originalmente estabelecidas, 16 ou 17 de outubro.
O Atlético Mineiro criticou a atitude do Vasco e do Corinthians, afirmando que ‘contraria todos as diretrizes citadas acima, bem como os princípios da ética e do fair play desportivo. A mudança no calendário em nada prejudica os dois clubes, que desejam apenas se beneficiar de ter adversários desfalcados de seus jogadores selecionáveis’.
A CBF justificou a alteração citando as datas definidas pela CONMEBOL para a Libertadores e Sul-Americana, que impossibilitaram a manutenção da programação original. A entidade também mencionou que as mudanças receberam o aval da empresa detentora dos direitos de transmissão.
O Atlético Mineiro concluiu seu comunicado expressando a crença de que é justo permitir que as equipes contem com todos os seus jogadores em uma etapa tão importante quanto a semifinal da Copa do Brasil, incluindo aqueles que servem às suas respectivas seleções nacionais.