A Assembleia Legislativa de Minas Gerais convocou uma sessão para esta quarta-feira (16), após mais de um mês sem votações devido ao envolvimento dos deputados nas eleições municipais. A retomada das atividades ocorre em um cenário de tensão política, com seis vetos do governador Romeu Zema (Novo) na pauta.
Entre os vetos a serem analisados, destaca-se o que se refere a um projeto de lei propondo uma revisão geral dos vencimentos dos servidores públicos civis e militares da administração direta, autárquica e do Poder Executivo. Outro veto importante diz respeito à instalação de estabelecimentos industriais para produção de açúcar e etanol no estado.
A votação dos vetos acontece em um momento crucial das eleições municipais de Belo Horizonte. O governador Romeu Zema ainda não declarou oficialmente seu apoio à reeleição do prefeito Fuad Noman (PSD) ou ao candidato Bruno Engler (PL) para o segundo turno.
A decisão de Zema pode ter impactos significativos na Assembleia. Se optar por apoiar Engler, poderá gerar descontentamento no PSD de Fuad, que conta com 10 deputados na base do governo. Por outro lado, o apoio a Fuad Noman poderia desagradar o PL de Engler, que possui 11 deputados alinhados ao governo.
O clima na Assembleia Legislativa está diretamente ligado à escolha do governador para o segundo turno das eleições municipais, podendo influenciar as votações e alianças políticas futuras.