A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, compareceu à sede da Polícia Federal em Brasília nesta quarta-feira para prestar depoimento sobre supostas acusações de assédio moral e sexual contra o ex-ministro Silvio Almeida. As denúncias, que teriam ocorrido durante o período em que Almeida estava à frente do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, levaram à abertura de uma investigação em 17 de setembro.
De acordo com informações do blog da jornalista Andréia Sadi, ela disse à PF que os episódios de assédio tiveram início em 2023, na transição de governo.
O caso ganhou atenção pública após a ONG Me Too Brasil confirmar as denúncias em 6 de setembro, com o consentimento das vítimas, mantendo o sigilo solicitado. Entre as queixas divulgadas estão alegações de beijos e toques inapropriados, além de comentários de conteúdo sexual.
A ministra Anielle Franco chegou à Polícia Federal sem fazer declarações à imprensa. O depoimento, realizado a portas fechadas, marca seu primeiro testemunho desde a abertura do inquérito pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF).
As investigações estão sendo conduzidas sob sigilo, dada a natureza sensível das acusações de assédio sexual. O Ministério Público do Trabalho e a Comissão de Ética Pública da Presidência estão acompanhando o caso de perto.
Após as denúncias virem à tona, Silvio Almeida foi demitido do cargo de ministro dos Direitos Humanos. Em seu lugar, assumiu a ativista Macaé Evaristo, marcando uma mudança significativa na liderança do ministério.
O ex-ministro Silvio Almeida nega veementemente as acusações feitas contra ele. Em resposta, solicitou que a ONG Me Too Brasil prestasse esclarecimentos sobre as denúncias à Justiça, buscando defender sua reputação.