A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deu início a um processo que culminará no encerramento das redes móveis 2G e 3G no Brasil, tecnologias que por décadas foram amplamente utilizadas pelos consumidores. Esta decisão afetará diretamente os serviços oferecidos pelas principais operadoras do país, como TIM, Claro e Vivo, e impactará milhões de usuários que ainda dependem dessas redes para comunicação e conectividade.
A Anatel abriu uma consulta pública com duração de 30 dias para definir o plano de desativação dos sinais 2G e 3G. Este processo envolverá toda a cadeia de telecomunicações, desde operadoras até fabricantes de equipamentos e usuários finais.
O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, enfatizou a importância de um planejamento coordenado entre todas as partes envolvidas. Durante o evento Futurecom, Baigorri destacou:
‘Entendemos que isso terá repercussões mais gerais, então é importante que as partes participem dessa tomada de subsídios.’
A decisão de encerrar as redes 2G e 3G é motivada pela evolução tecnológica e pela necessidade de um uso mais eficiente do espectro de radiofrequências. As redes 4G já são dominantes no país, e o 5G, recentemente lançado, já conta com 10 milhões de usuários.
Dados da Teleco revelam que o número de linhas ativas em 2G e 3G caiu drasticamente de 200 milhões para menos de 20 milhões. Esta transição representa uma oportunidade para as operadoras reduzirem custos de manutenção e otimizarem o uso das faixas de frequência.
A iniciativa da Anatel atende a um pedido formal da Conexis, associação que representa as grandes operadoras de telecomunicações no Brasil. O processo de desativação envolverá a liberação das frequências para novos usos e a suspensão da homologação de novos dispositivos que operam com essas tecnologias.
Conforme dados do portal Teletime, a Vivo lidera o mercado brasileiro de telecomunicações em 2024, com 38,8% de participação, seguida pela Claro com 34% e a TIM com 23,8%.
A transição para tecnologias mais avançadas como 4G e 5G marca um avanço significativo na modernização das telecomunicações no Brasil, com impacto direto no futuro das redes móveis e no aproveitamento do espectro.