Americanos ganham Nobel de Medicina por descoberta do microRNA

Americanos ganham Nobel de Medicina por descoberta do microRNA

Victor Ambros e Gary Ruvkun são premiados por revelar novo nível de regulação genética, fundamental para o desenvolvimento dos organismos

O Prêmio Nobel de Medicina de 2023 foi concedido nesta segunda-feira (7) aos cientistas americanos Victor Ambros, de 70 anos, e Gary Ruvkun, de 72, pela descoberta do microRNA. Esta nova molécula de RNA desempenha um papel crucial na atividade genética, representando um avanço significativo na compreensão dos mecanismos fundamentais da biologia celular.

‘O Prêmio Nobel deste ano reconhece dois cientistas pela descoberta de um princípio fundamental que atua na regulação da atividade genética’, declarou o júri em comunicado oficial. A importância desta descoberta é destacada pela afirmação de que os microRNAs ‘são de fundamental importância para o desenvolvimento e funcionamento dos organismos’.

• Em 1993, Ambros e Ruvkun publicaram separadamente suas descobertas sobre ‘um novo nível de regulação genética’. Estes artigos foram considerados decisivos para o campo da genética molecular, abrindo novas perspectivas sobre como os genes são controlados.

• Os pesquisadores utilizaram um organismo modelo inusitado em suas investigações: o verme ‘C. elegans’, que mede apenas um milímetro de comprimento. Este pequeno nematódeo permitiu aos cientistas determinar os mecanismos por trás das mutações celulares, oferecendo insights valiosos sobre processos biológicos fundamentais.

• Apesar de trabalharem separadamente, Ambros e Ruvkun mantiveram uma colaboração próxima ao longo de suas pesquisas. Esta sinergia entre os dois laboratórios foi crucial para o avanço rápido na compreensão dos microRNAs e seu papel na regulação gênica.

• O prêmio inclui uma recompensa financeira substancial de 11 milhões de coroas suecas (equivalente a mais de cinco milhões e meio de reais), que será dividida entre os dois laureados.

Esta premiação marca mais um capítulo importante na história do Nobel de Medicina, seguindo a tendência de reconhecer descobertas com impacto direto na saúde humana. No ano anterior, o prêmio foi concedido à húngara Katalin Kariko e ao americano Drew Weissman pelo desenvolvimento da tecnologia de RNA mensageiro, que foi crucial para as vacinas contra a COVID-19.

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