A taxa de desemprego no Brasil atingiu seu menor nível desde 2012, caindo para 6,6% no trimestre encerrado em agosto, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta marca representa uma queda significativa em relação aos 7,1% registrados no trimestre anterior, superando as expectativas do mercado financeiro que projetava uma taxa de 6,7%.
O número de desempregados no país diminuiu de 7,8 milhões para 7,3 milhões de pessoas, indicando uma melhora consistente no mercado de trabalho brasileiro após o período da pandemia.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) revelou que o contingente de desempregados inclui pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e em busca ativa de oportunidades. É importante notar que indivíduos sem emprego que não estão procurando vagas não são contabilizados nessas estatísticas oficiais.
A redução do desemprego e o aumento da renda da população têm potencial para impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Analistas econômicos preveem que essa melhoria no mercado de trabalho deve beneficiar diretamente o consumo das famílias, considerado um dos principais motores da atividade econômica brasileira.
Entretanto, o cenário positivo traz consigo possíveis desafios. O aumento contínuo na demanda por bens e serviços pode exercer pressão sobre os preços, potencialmente complicando o processo de desinflação em curso no país.
Um dado relevante apresentado no relatório trimestral de inflação do Banco Central (BC) mostra que mais de 80% das convenções coletivas de trabalho negociadas até agosto resultaram em reajustes salariais acima da inflação para os trabalhadores, indicando uma tendência de aumento real nos rendimentos.