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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez declarações alarmantes sobre o possível uso de armas nucleares em resposta a ataques apoiados por potências nucleares. Suas palavras sugerem uma potencial mudança na doutrina nuclear russa, elevando as tensões no contexto da guerra na Ucrânia.
Putin afirmou que seu governo está considerando alterar as regras e pré-condições para o uso do arsenal nuclear russo. Especificamente, ele mencionou que ataques de Estados não nucleares, quando apoiados por países com armas nucleares, poderiam ser considerados como ‘ataques conjuntos’ contra a Rússia.
O presidente russo detalhou cenários que poderiam levar ao uso de armas nucleares, incluindo a detecção do início de um lançamento massivo de mísseis, aeronaves e drones em território russo, o que representaria uma ‘ameaça crítica’ à soberania do país.
Putin enfatizou a importância do arsenal nuclear para a Rússia, declarando: ‘As armas nucleares do país são a garantia mais importante de segurança do nosso Estado e de seus cidadãos’.
As declarações de Putin ocorrem em um momento delicado, com a Ucrânia buscando aprovação para usar mísseis ocidentais de longo alcance contra alvos militares na Rússia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, está em visita aos Estados Unidos para discutir este pedido com o presidente Joe Biden.
Em resposta às ameaças de Putin, o chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, afirmou que a Rússia ‘não tem mais nada além de chantagem nuclear para intimidar o mundo’.
Putin também mencionou a possibilidade de mudanças na doutrina nuclear russa, que ‘definiria claramente as condições para a Rússia fazer a transição para o uso de armas nucleares’. Ele alertou que ataques de mísseis convencionais contra Moscou poderiam ser incluídos nesses cenários.
O líder russo fez referência específica às armas nucleares táticas, afirmando em junho que a Rússia possui ‘muito mais [armas nucleares táticas] do que há no continente europeu, mesmo que os Estados Unidos usassem as suas’.
As declarações de Putin aumentam as preocupações internacionais sobre a escalada do conflito na Ucrânia e o potencial uso de armas nucleares, desafiando a política de dissuasão nuclear que tem prevalecido desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
