Uma professora de 39 anos foi brutalmente agredida pela mãe de uma aluna em frente à escola municipal onde trabalha em Guarujá, São Paulo. Amanda dos Santos Monteiro sofreu uma fratura no nariz e diversas escoriações após o ataque, que ocorreu no dia 10 de setembro.
O incidente aconteceu na escola municipal Valéria Cristina Vieira da Cruz Silva, no bairro Morrinhos. Amanda, que já havia terminado seu turno e aguardava uma carona, foi surpreendida pela mãe da aluna, de 34 anos.
A professora relatou o momento do ataque: ‘Ela surgiu por trás sem que eu esperasse. Eu não tive tempo de reação nenhuma. Começou a me desferir vários golpes, puxar o meu cabelo, dar chute, me xingar. Me jogou no chão e começou a me dar muito chute e muito soco. Eu gritei muito por socorro, mas o pessoal ficou olhando’.
Amanda só reconheceu a agressora quando esta começou a gritar sobre sua filha. A professora acrescentou: ‘[Eu] não me mexia. Eu realmente achei que eu ia ficar ali naquele chão, esticada. Então, depois de um tempo, alguém segurou ela e eu consegui voltar para a escola, entrar e pedir socorro. […] E eu não sei como eu saí disso, não sei como eu estou viva’.
O advogado da vítima, Airton Sinto, informou que o caso foi inicialmente registrado como lesão corporal. No entanto, a defesa busca acusações mais graves: ‘No momento da sequência das agressões, ela [vítima] foi xingada e ameaçada de morte pela agressora, isso consta no BO e nós, como assistente de acusação junto com o Ministério Público, vamos provar isso durante a instrução processual’.
O advogado da mãe da criança, Silvano José de Almeida, alega que a estudante reclamou que a professora a chamava de ‘burra’ na sala de aula. Segundo ele, a mãe havia feito reclamações anteriores que não foram atendidas.
Almeida afirmou: ‘A escola, por não ter tomado as providências necessárias, levou a todos esses [problemas], mas tudo será esclarecido nos próximos dias’.
Amanda nega as acusações, explicando que a revolta da mãe começou após um relatório sobre as faltas da aluna. A professora sofre agora com traumas físicos e psicológicos: ‘Muita dor, muita revolta. Estou destruída, o meu emocional está quebrado’.
A Prefeitura de Guarujá informou que não foi notificada sobre o processo e que a Secretaria Municipal de Educação está à disposição para prestar esclarecimentos à Justiça. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.