Pobreza na Argentina atinge recorde de 52,9% no primeiro semestre

Pobreza na Argentina atinge recorde de 52,9% no primeiro semestre

Índice de indigência também aumenta para 18,1%, refletindo os primeiros meses da política de ajustes do presidente Javier Milei

A Argentina enfrenta uma crise socioeconômica sem precedentes, com mais da metade de sua população vivendo abaixo da linha da pobreza. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), a taxa de pobreza no país atingiu 52,9% no primeiro semestre de 2024, um aumento alarmante de 11,2 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Este cenário preocupante coincide com os primeiros meses do governo do presidente ultraliberal Javier Milei, que implementou uma série de medidas de austeridade econômica.

O relatório do Indec revela um aumento significativo na taxa de pobreza, que saltou de 41,7% para 52,9% em apenas um ano. Este é o nível mais alto registrado desde que o instituto começou a medir a pobreza em sua metodologia atual em 2016.

Paralelamente ao aumento da pobreza, a taxa de indigência também cresceu de forma expressiva. O índice subiu 6,2 pontos percentuais, atingindo 18,1% da população argentina. Isso significa que quase um em cada cinco argentinos vive em condições de extrema pobreza.

As políticas econômicas implementadas pelo governo Milei, que incluem cortes de gastos públicos e liberalização da economia, têm sido apontadas como fatores contribuintes para o agravamento da situação social. Críticos argumentam que essas medidas têm impactado desproporcionalmente as camadas mais vulneráveis da sociedade.

O aumento da pobreza e da indigência tem gerado preocupações sobre a estabilidade social e política do país. Organizações da sociedade civil e movimentos sociais têm realizado protestos e manifestações, exigindo ações mais efetivas do governo para combater a crise.

Economistas alertam que, sem medidas de proteção social adequadas e políticas de geração de emprego, a situação pode se agravar ainda mais nos próximos meses. O governo Milei, por sua vez, defende que as reformas econômicas são necessárias para estabilizar a economia a longo prazo.

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