A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira (16) o pastor Dirlei Paiz (PL), candidato a vereador em Blumenau (SC), que era considerado foragido após descumprir medidas restritivas impostas devido ao seu envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Paiz, que já havia sido preso anteriormente, estava fazendo campanha nas ruas apesar de ter um mandado de prisão preventiva em aberto.
O caso ganhou destaque por envolver um candidato a cargo público com ligações aos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília.
Paiz foi inicialmente preso em 17 de agosto de 2023, durante a 17ª fase da Operação Lesa Pátria. A PF afirma que ele liderou um movimento por golpe de Estado através de intervenção militar e financiou os atos de 8 de janeiro.
Após ser solto em 6 de dezembro, Paiz deveria usar tornozeleira eletrônica e ficar sem acesso às redes sociais. No entanto, em agosto de 2024, ele fez uma publicação sobre sua campanha, violando as restrições impostas.
O ministro Alexandre de Moraes determinou a nova prisão de Paiz em 29 de agosto. Mesmo assim, o candidato continuou sua campanha eleitoral, sendo finalmente detido enquanto distribuía santinhos no centro de Blumenau.
Em nota, o diretório do PL em Blumenau defendeu o candidato: ‘A comissão provisória do PL de Blumenau se solidariza com o pastor Dirlei Paiz, por entender que ele está cumprindo integralmente as restrições impostas pela Justiça. A prisão de um candidato em período eleitoral só deveria acontecer em situações extremas, o que não se aplica neste caso’.