O Ministério do Esporte se manifestou nesta segunda-feira (30) sobre a operação “Fair Play”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que investiga desvios de recursos vinculados à Lei de Incentivo ao Esporte. Segundo as apurações preliminares, mais de R$ 10 milhões teriam sido utilizados de maneira irregular, com suspeita de envolvimento de um ex-servidor da pasta.
Em nota, o Ministério do Esporte declarou que “acompanha com atenção as investigações relacionadas ao desvio de recursos em projetos apoiados pela Lei de Incentivo ao Esporte no governo anterior”. A pasta reiterou seu “total interesse em esclarecer os fatos” e destacou que está colaborando com as autoridades competentes.
Nesta segunda-feira, a PF e a CGU cumpriram 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo. Durante a operação, foram apreendidos bens, incluindo uma quantidade significativa de dinheiro em espécie.
A investigação aponta que cinco entidades sem fins lucrativos, quatro delas sediadas em Belo Horizonte e uma em São Paulo, podem ter se beneficiado do programa de incentivo ao esporte para realizar contratações direcionadas a pessoas ligadas aos dirigentes das próprias entidades. O nome das instituições e do ex-servidor supostamente envolvido ainda não foram divulgados.
A apuração também revelou possíveis movimentações financeiras que indicam a prática de lavagem de dinheiro. De acordo com a PF, os investigados podem ser indiciados pelos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O Ministério do Esporte segue monitorando o desdobramento das investigações em parceria com os órgãos responsáveis.