Minas Gerais alcançou uma posição preocupante no cenário econômico brasileiro, tornando-se o terceiro estado com o maior número de empresas inadimplentes no país. Com mais de 600 mil CNPJs no vermelho, o estado mineiro só fica atrás de São Paulo e Rio de Janeiro neste ranking indesejado. A situação é agravada pelo aumento da dívida média do empreendedor mineiro, que agora gira em torno de R$ 20 mil.
No contexto nacional, a situação é igualmente alarmante. O Brasil registra quase 7 milhões de dívidas empresariais, totalizando um montante de R$ 147 bilhões. Economistas apontam que este cenário de inadimplência corporativa está intrinsecamente ligado ao aumento das dívidas do consumidor, que também atingem níveis históricos, afetando cerca de 70 milhões de brasileiros.
A crise econômica tem impactado diversos setores, incluindo os empreendimentos móveis, como food trucks e trailers. Apesar da vantagem de poderem ir até os clientes, estes negócios enfrentam desafios significativos.
Falta de previsibilidade financeira e burocracia na legalização são obstáculos comuns enfrentados por empreendedores deste segmento. No entanto, a flexibilidade deste modelo de negócio permite testar o mercado antes de investir em um ponto fixo, o que pode ser uma vantagem em tempos de incerteza econômica.
Enquanto isso, em Brasília, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) já iniciou as discussões sobre o reajuste da taxa básica de juros, a Selic. Atualmente em 10,5% ao ano, espera-se um aumento entre 0,25 e 0,5 ponto percentual.
Especialistas consultados pelo Diário do Comércio têm opiniões divergentes sobre esta medida. Embora reconheçam sua eficácia no controle da inflação e da volatilidade cambial, há preocupações sobre o impacto no setor produtivo e na restrição do consumo da população.