O presidente Luiz Inácio Lula da Silva compartilhou detalhes sobre seu encontro com agências de risco em Nova York na última segunda-feira. Durante uma reunião no Palácio do Planalto, Lula expressou sua curiosidade em entender os critérios utilizados por essas agências para avaliar o Brasil, questionando suas fontes de informação e metodologia.
O chefe do Executivo enfatizou que o governo está comprometido com a responsabilidade fiscal, afirmando que não gastará além de suas possibilidades. Além disso, Lula demonstrou otimismo quanto ao crescimento econômico do país, apostando em uma taxa de 3,5% para este ano.
Lula relatou sua interação com as agências de risco: ‘Fiz reunião com empresas de rating em Nova York, aquelas empresas que medem o crescimento da nossa economia. Não é habitual um presidente da República se reunir com empresas de rating, mas eu tinha curiosidade de saber o seguinte: qual é o critério que elas adotam para avaliar o Brasil? Com quem elas conversam?’
O presidente questionou as fontes de informação das agências, indagando: ‘Se vão na Faria Lima apenas, se leem editoriais dos jornais, se vão ao Banco Central’. Lula expressou sua surpresa por nunca ter sido consultado sobre o Brasil, nem em pesquisas eleitorais ou avaliações político-econômicas.
Destacando as realizações do governo, Lula mencionou a entrega de promessas feitas desde o início da gestão, como o arcabouço fiscal e a reforma tributária. Ele enfatizou: ‘Não é uma coisa de agora. As coisas estão desenhadas e nós agora estamos vendo a economia surpreender não a mim, mas os famosos analistas’.
O presidente compartilhou sua visão otimista sobre o crescimento econômico: ‘Alguns muito pessimistas de que o Brasil ia crescer apenas 0,8% no primeiro ano, surpreendemos crescendo 3%, e agora diziam que a gente ia crescer 1,5%. Estou fazendo uma aposta de que vamos chegar a 3,5%’.
Lula reiterou a importância da circulação de dinheiro para o crescimento econômico, afirmando: ‘Aqui, a gente aprendeu que a gente não gasta o que não tem. Se a gente tiver que fazer uma dívida, tem que ser de algum ativo novo que possa nos dar lucro e aumentar o nosso patrimônio’.
O presidente concluiu enfatizando o papel dos bancos no crescimento econômico: ‘Com muito crédito, não para indústria apenas, mas para prefeituras e governo de Estado para que as obras aconteçam’.
Lula demonstrou confiança nas políticas econômicas do governo e na capacidade de surpreender positivamente as previsões dos analistas, reafirmando o compromisso com o crescimento sustentável e responsável do país.