O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu nesta terça-feira (17) que o governo federal não estava totalmente preparado para enfrentar a onda de incêndios florestais que assola o país. Durante uma declaração, Lula expressou preocupação com a situação e levantou suspeitas sobre a origem criminosa desses incêndios.
‘Hoje, no Brasil, não estávamos 100% preparados para cuidar dessas coisas’, admitiu Lula, referindo-se às ações de combate aos incêndios. O presidente destacou a gravidade da situação e a necessidade de uma resposta mais eficaz por parte do governo.
Lula enfatizou as suspeitas de que muitos dos incêndios são resultado de ações criminosas. Ele compartilhou uma experiência pessoal que reforçou essas suspeitas: ‘Há muitas suspeitas de que muitos dos incêndios são criminosos. Fizemos visita em três comunidades da Amazônia e, na volta, parece provocação, mas nós encontramos vários focos de fogo, dando a impressão de que fizeram aquilo para a gente ver que estavam colocando fogo’.
O presidente fez uma conexão surpreendente entre os incêndios e os eventos políticos recentes. Ele sugeriu que um dos organizadores do ato de 7 de setembro na Avenida Paulista poderia estar envolvido nos incêndios florestais. ‘É importante não deixar de dizer que uma pessoa importante para a convocação no 7 de setembro, na Avenida Paulista, falou que iria colocar fogo no Brasil ou que o Brasil pegaria fogo, algo mais ou menos assim’, declarou Lula.
Expressando sua preocupação com a situação, Lula acrescentou: ‘O dado concreto é que, para mim, parece muita anormalidade’. Ele também levantou a possibilidade de que alguns setores estejam aproveitando a situação para criar confusão no país, afirmando que ‘algo me cheira oportunismo de alguns setores para criar confusão no país’.
Lula fez referência específica a uma postagem do pastor Silas Malafaia no X (antigo Twitter), onde ele convocou apoiadores para o ato de 7 de setembro em São Paulo, usando uma imagem com as cores da bandeira do Brasil e os dizeres ‘vai pegar fogo!’.