O LinkedIn, rede social profissional, está no centro de uma controvérsia relacionada ao uso de dados de usuários para treinar sistemas de inteligência artificial (IA). A plataforma está alterando seus termos de adesão, com novas regras que entrarão em vigor em 20 de novembro, permitindo o uso de informações dos usuários para alimentar e treinar ferramentas de IA.
A mudança nos termos de uso do LinkedIn segue uma tendência observada em outras redes sociais, como o caso recente do Meta (proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp), que foi proibida de utilizar dados de usuários para fins de IA no Brasil. A prática do LinkedIn tem gerado preocupações sobre privacidade e consentimento dos usuários.
A autorização para uso de dados em IA está marcada por padrão nos perfis do LinkedIn, exigindo que os usuários desmarquem ativamente a opção caso não concordem.
O Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) criticou fortemente esta abordagem. Em seu site, o instituto declarou: ‘O certo seria que essa opção viesse já desativada e você só ativasse caso concordasse em ceder os seus dados. Porém, é exatamente o contrário que acontece’.
Na União Europeia, o LinkedIn adota uma postura diferente, respeitando a legislação local e não utilizando dados dos cidadãos para treinar IA.
Os usuários que desejam revogar a permissão podem fazê-lo acessando um endereço específico no site do LinkedIn ou seguindo passos fornecidos pela plataforma.
Em resposta às preocupações, o LinkedIn enfatizou que oferece aos usuários a opção de proibir o uso de seus dados para IA.
A empresa também destacou os benefícios da IA para os usuários da plataforma, afirmando em nota: ‘A realidade que vivemos hoje é que muitas pessoas estão procurando ajuda para obter o primeiro rascunho de seus currículos, para ajudar a escrever o resumo em seu perfil do LinkedIn, para ajudar a criar mensagens aos recrutadores e para obter a próxima oportunidade de carreira. No final das contas, as pessoas querem alavancar suas carreiras, e o que nossos serviços de geração de IA fazem é ajudá-las’.