Os juros futuros encerraram a segunda-feira com taxas curtas próximas à estabilidade e as demais em alta. Apesar da queda do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, a curva de juros não apresentou alívio. A pesquisa Focus, que mostrou elevação nas medianas de PIB e IPCA, reforçou a convicção do mercado sobre o ciclo de aperto da Selic.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou a 10,950%, de 10,963% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2026 encerrou a 11,83%, e o DI para janeiro de 2027 finalizou com taxa de 11,85%.
As expectativas de IPCA para 2024, 2025 e 2026 também pioraram, aumentando a percepção de que o Banco Central deverá atuar de forma mais firme.
Parte do mercado prevê um aumento de 50 pontos-base na Selic nesta quarta-feira. Contudo, as apostas nos DIs, nas opções digitais da B3 e entre os economistas convergem para uma alta mais branda, de 25 pontos.
A curva a termo ganhou inclinação devido à percepção de agravamento dos riscos fiscais, após a autorização do Ministro do STF, Flávio Dino, para uso de créditos extraordinários no combate a incêndios florestais.
Economistas alertam que a repetição dessas medidas de gastos extras no futuro ‘prejudicaria ainda mais a credibilidade do atual arcabouço fiscal, reforçando a necessidade de reformas de consolidação de gastos que diminuiriam a parcela de gastos obrigatórios’.