Uma nova série de explosões envolvendo dispositivos de comunicação do Hezbollah no Líbano resultou em 14 mortes e aproximadamente 450 feridos. Este incidente ocorreu apenas um dia após explosões semelhantes, atribuídas pelo grupo pró-iraniano a Israel, elevando os temores de uma escalada do conflito na região.
As explosões atingiram várias áreas, incluindo o subúrbio sul de Beirute, um reduto do Hezbollah, além de locais no sul e leste do país. O Ministério da Saúde libanês confirmou que a ‘onda de explosões inimigas de walkie-talkies (…) matou 14 pessoas e feriu mais de 450’.
As explosões ocorreram durante o funeral de quatro militantes do Hezbollah mortos nos ataques do dia anterior, causando pânico entre os presentes. Imagens mostraram pessoas correndo em busca de abrigo após uma detonação.
Uma investigação preliminar, segundo um encarregado libanês de segurança, indicou que os pagers ‘foram programados para explodir e continham materiais explosivos colocados junto à bateria’.
O jornal The New York Times sugeriu que os dispositivos eram provenientes de Taiwan, mas a empresa taiwanesa Gold Apollo negou a fabricação, atribuindo-a a um parceiro húngaro. O governo húngaro, por sua vez, negou qualquer envolvimento.
O Hezbollah prometeu uma ‘justa punição’ e um ‘ajuste de contas severo’ contra Israel, embora este não tenha comentado sobre os ataques.
O ministro das Relações Exteriores do Líbano, Abdallah Bou Habib, advertiu que o ataque poderia ‘indicar uma guerra mais ampla’, ressaltando a gravidade da situação para a soberania e segurança do país.
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, está programado para fazer um pronunciamento público, enquanto a comunidade internacional, incluindo a ONU e os Estados Unidos, expressam preocupação com a escalada das tensões e seus impactos na população civil.