O Brasil se prepara para repatriar cidadãos que estão no Líbano em meio à escalada dos bombardeios israelenses no país. O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta segunda-feira (30) que a Força Aérea Brasileira (FAB) será responsável pela operação, que está sendo coordenada em parceria com o Ministério da Defesa.
“A data da operação será anunciada nos próximos dias, após avaliação das condições de segurança para o voo. O planejamento inicial prevê a decolagem do aeroporto de Beirute, que, até o momento, permanece aberto”, informou o comunicado oficial.
O Itamaraty ressaltou que a Embaixada do Brasil no Líbano está em contato direto com a comunidade brasileira e as autoridades locais, tomando todas as providências para garantir o sucesso da missão. O Líbano abriga a maior comunidade brasileira no Oriente Médio, com cerca de 21 mil pessoas, tornando a repatriação uma operação complexa, devido tanto aos riscos envolvidos quanto ao número de cidadãos a serem evacuados.
O governo brasileiro solicitou que os cidadãos interessados em deixar o Líbano preencham um formulário. A preocupação é que a situação no país se agrave ainda mais após a morte de líderes do Hezbollah. Alguns brasileiros já relatam escassez de alimentos e água.
Sindicato critica demora na resposta
O Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) divulgou uma nota criticando a demora do governo brasileiro em agir. A entidade pediu um plano detalhado de evacuação e medidas urgentes para garantir a segurança dos servidores e seus familiares.
“A demora inaceitável pode custar vidas”, afirmou o sindicato. A nota também mencionou que os servidores já enfrentaram situações similares recentemente, como na Cisjordânia, sem orientações claras ou protocolos definidos.