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A rede social Bluesky, fundada em 2019 por Jack Dorsey, cofundador do Twitter, experimentou um aumento significativo de usuários nos últimos dias, especialmente entre os brasileiros. Este crescimento ocorreu em meio ao conflito entre Elon Musk e o ministro Alexandre de Moraes, que resultou na suspensão do X (antigo Twitter) no Brasil.
No sábado (31 de agosto) a Bluesky anunciou ter alcançado a impressionante marca de um milhão de novos usuários em apenas três dias. A plataforma comemorou o feito em seu perfil oficial, declarando: ‘Agora este é um aplicativo brasileiro.’
O perfil oficial da Bluesky passou a se comunicar em português, oferecendo um tutorial de uso da plataforma. Incluíram dicas sobre o funcionamento da rede, esclarecimentos sobre a moderação de conteúdo e instruções para denunciar publicações irregulares.
A Bluesky apresenta uma interface similar ao Twitter, mas com um design mais minimalista. As funcionalidades são praticamente idênticas: os usuários podem fazer postagens de texto com até 300 caracteres, compartilhar imagens, excluir suas próprias publicações, curtir, comentar e repostar conteúdos de outros usuários.
A migração em massa para a Bluesky ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes ordenar a suspensão do X no Brasil. Além disso, Moraes estabeleceu uma multa diária de R$ 50 mil para quem tentar burlar o bloqueio usando VPN (Virtual Private Network).
A decisão de Moraes gerou controvérsia, levando a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a solicitar uma reconsideração da multa no sábado. A OAB argumentou que a penalidade é genérica e não permite uma avaliação individual das condutas e da capacidade econômica dos usuários que possam contornar o bloqueio.
O presidente Lula também aderiu à Bluesky, sinalizando uma mudança significativa no cenário das redes sociais no Brasil.
