Um ataque aéreo israelense nos subúrbios de Beirute, no Líbano, resultou em 45 mortes, conforme informado pelo Ministério da Saúde libanês neste domingo. O incidente, ocorrido na sexta-feira, marca a maior ofensiva de Israel contra o Líbano desde o início do conflito na Faixa de Gaza.
Entre as vítimas, encontram-se três crianças e sete mulheres, além de 16 membros do Hezbollah, incluindo dois comandantes de alto escalão do grupo extremista.
O ataque teve como alvo principal Ibrahim Aqil, comandante sênior de operações militares do Hezbollah, que estava sendo procurado pelos Estados Unidos. Ahmed Wahbi, outro líder importante, também foi morto no bombardeio.
A escalada de tensões entre Israel e o Hezbollah intensificou-se após explosões de pagers e walkie-talkies de membros do grupo no Líbano esta semana. Em resposta, o Hezbollah lançou aproximadamente 150 mísseis contra Israel neste domingo.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, aliado do Hezbollah, acusou Israel de cometer crimes contra crianças, afirmando: ‘Israel está cometendo crimes contra crianças, e não contra combatentes’.
Desde o início da guerra em Gaza, Israel e o Hezbollah têm trocado ataques quase diários na fronteira líbano-israelense. O grupo extremista, financiado pelo Irã, apoia o Hamas, alvo das operações israelenses em Gaza.
Embora os ataques israelenses no Líbano visem membros do Hezbollah, que não fazem parte do governo libanês, Beirute condenou veementemente os bombardeios.
A intensificação dos conflitos na região levanta preocupações sobre uma possível expansão da guerra, com o Líbano sendo arrastado para o centro das hostilidades entre Israel e grupos extremistas apoiados pelo Irã.