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Uma análise dos destroços do submersível Titan, operado pela empresa OceanGate, revelou detalhes sobre como seu casco se desintegrou durante o trágico incidente em junho de 2023. A investigação, apresentada à Guarda Costeira dos EUA, mostrou evidências de que o casco de fibra de carbono se separou em várias camadas, um problema conhecido como delaminação.
O acidente resultou na morte de todas as cinco pessoas a bordo, menos de duas horas após o início do mergulho para visitar os destroços do Titanic. A análise dos destroços e as informações apresentadas na audiência pública fornecem novos insights sobre as possíveis causas da tragédia.
Don Kramer, engenheiro do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes, apresentou imagens dos fragmentos do casco no fundo do mar. Ele explicou: ‘Não estou oferecendo nenhuma análise neste momento sobre se [o dano] ocorreu antes ou depois da implosão’. Kramer também revelou que amostras do casco do Titan, analisadas pela sua equipe, mostravam áreas com separação das camadas de fibra de carbono, além de dobras, vazios e lacunas.
A investigação também trouxe à tona um incidente ocorrido um ano antes do desastre. Passageiros relataram ter ouvido um forte estrondo durante um mergulho em 2022, descrito como um ‘evento sonoro alarmante’. Uma nova análise de dados de sensores sugeriu que este ruído poderia indicar uma mudança na estrutura do casco, potencialmente afetando sua capacidade de resistir à pressão nas profundezas do oceano.
Bill Kemper, da Kemper Engineering, elaborou um relatório independente sobre a falha do Titan. Sua análise da janela do submarino indicou que ela estava sendo deformada a cada mergulho, o que poderia eventualmente resultar em rachaduras. Kemper também apontou sérios problemas com o casco de fibra de carbono.
O uso de fibra de carbono para o casco do Titan é considerado altamente incomum para submersíveis de águas profundas, sendo que a maioria das embarcações desse tipo é feita de metais como titânio. Esta escolha de material, combinada com as evidências de possíveis danos estruturais anteriores, está no centro da investigação sobre as causas da tragédia.
