A Justiça Eleitoral tomou uma decisão significativa contra o candidato Pablo Marçal, suspendendo suas redes sociais que buscavam monetizar ‘cortes’ de vídeos por meio de terceiros interessados. A ação, movida pelo PSB, resultou em uma sentença que proíbe Marçal de remunerar aqueles que veicularem seus vídeos editados de forma descontextualizada.
O juiz eleitoral Luiz Gustavo Esteves Zorz, responsável pela decisão, destacou a existência de indicativos de uma ‘transposição de limites’ na conduta do candidato. Ele apontou o comportamento ‘nitidamente comissivo’ de Marçal em ‘requerer, propagar e desafiar seguidores, curiosos, aventureiros a disseminar sua imagem e dizeres por meio dos chamados ‘cortes”.
A decisão judicial abrange várias plataformas digitais: o site oficial de campanha de Pablo Marçal foi incluído na suspensão, juntamente com suas contas em redes sociais populares.
As contas do candidato no Instagram, YouTube, TikTok e X (anteriormente conhecido como Twitter) foram afetadas pela decisão judicial.
O juiz estabeleceu uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da ordem.
Reação do candidato:
Pablo Marçal reagiu à decisão por meio de um vídeo postado em suas redes sociais, no qual se diz alvo de perseguição pela Justiça Eleitoral.
No vídeo, o candidato declarou: ‘Acabei de receber a notícia de que uma liminar vai derrubar minhas redes sociais’.
Marçal destacou a ironia do timing da decisão: ‘Olha só que irônico. [Isso acontece] logo no dia que eu estou passando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eu sou o terceiro maior político no Instagram do Brasil’.
O candidato também alegou estar enfrentando oposição generalizada: ‘O sistema inteiro, com o governador Tarcísio [de Freitas], estão todos contra mim’.