A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) relatou uma mudança significativa no mercado de combustíveis brasileiro. Após mais de 200 dias com as janelas de importação de gasolina fechadas para agentes privados, devido à defasagem dos preços internos em relação ao mercado internacional, a semana passada testemunhou dois dias de oportunidades.
Na sexta-feira (16 de agosto), a Petrobras alcançou paridade com o preço praticado no Golfo do México, abrindo assim as janelas para os importadores.
A contenção dos preços nas refinarias da Petrobras tem sido influenciada pela alta volatilidade do preço do petróleo e derivados no mercado internacional. As previsões menos otimistas para a demanda pela commodity resultaram em uma queda de cerca de 3% no preço do Brent no mês, resistindo a ultrapassar a marca de US$ 80 por barril.
Na sexta-feira, os polos de importação utilizados pela Petrobras (Itaqui, Suape, Paulínia, Araucária e Itacoatiara) registraram, em média, estabilidade no preço da gasolina em relação ao Golfo do México. Este último é usado como parâmetro pelos importadores brasileiros. É importante notar que o combustível sofreu um reajuste de aproximadamente R$ 0,20 por litro nas refinarias da estatal no início de julho.
Quanto ao diesel, que não teve alteração de preço nas refinarias da Petrobras desde dezembro do ano passado, registrou-se uma defasagem de 4% no fechamento de sexta-feira, 16, nos polos atendidos pela empresa. Esta situação abre espaço para um potencial aumento de R$ 0,15 por litro no mercado interno pela estatal.