Uma densa cortina de fumaça encobriu o céu de Belo Horizonte neste sábado (24), surpreendendo os moradores da capital mineira. O fenômeno, resultado de uma combinação de névoa seca, fumaça e umidade, está relacionado ao aumento alarmante de queimadas em Minas Gerais e à aproximação de uma frente fria.
Anete Fernandes, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), esclareceu a situação: ‘Não se trata de nebulosidade. Isso é uma mistura de névoa seca, com fumaça e umidade. Estamos em uma condição pré-frontal, a frente (fria) está entrando em São Paulo’.
A meteorologista prevê que a condição permanecerá semelhante no domingo (25), com o sistema avançando lentamente. ‘O sistema está avançando muito lento e deve chegar aqui entre amanhã à noite e a madrugada de segunda (26)’, acrescentou Fernandes.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam um cenário preocupante: mais de 504 focos de incêndio foram identificados em Minas Gerais apenas entre quinta e sexta-feira. Estas informações, provenientes do Programa BDQueimadas, utilizam satélites como referência.
O Corpo de Bombeiros está trabalhando incansavelmente para combater os diversos incêndios que assolam o estado. Áreas afetadas incluem o Parque Estadual Serra do Brigadeiro, próximo a Araponga, na Zona da Mata, a Serra do Gandarela, nas proximidades de Ouro Preto, e o Parque Estadual do Itacolomi, na mesma região.
A situação em Belo Horizonte reflete um problema mais amplo de queimadas que afeta não apenas a capital, mas também diversas cidades da região metropolitana e outras áreas do estado de Minas Gerais.