O Exército israelense anunciou nesta terça-feira ( 20 de agosto) a descoberta dos corpos de seis reféns em um túnel subterrâneo em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. A recuperação ocorreu após um intenso combate contra militantes palestinos, em meio aos esforços para retomar as negociações de cessar-fogo e libertar os mais de 100 reféns ainda mantidos pelo Hamas desde os ataques de 7 de outubro.
As vítimas foram identificadas como Yagev Buchshtab, Alexander Dancyg, Yoram Metzger, Nadav Popplewell, Chaim Peri e Abraham Munder. Cinco deles já haviam sido declarados mortos anteriormente, enquanto a morte de Munder foi anunciada pelo kibutz Nir Oz nesta terça-feira.
O ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, descreveu a operação como ‘complexa’. Segundo ele, ‘Durante a operação, nossas forças localizaram a entrada de um túnel de cerca de 10 metros de profundidade que levava a uma rota subterrânea de túneis onde os corpos dos reféns foram encontrados’.
O Exército israelense detalhou que ‘O resgate foi realizado após um prolongado combate em uma área construída e em edifícios de vários andares contra os militantes, muitos dos quais foram mortos’.
O Fórum das famílias dos reféns renovou o apelo ao governo israelense para concluir um acordo urgente de libertação. A organização declarou: ‘O retorno imediato das 109 pessoas restantes somente poderá ser alcançado através de um acordo negociado. O governo israelense, com a ajuda de mediadores, deve fazer de tudo em seu poder para finalizar o acordo que já está colocado’.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que tem enfrentado críticas das famílias dos reféns, assegurou que o governo continuará trabalhando para alcançar esse objetivo. ‘O Estado de Israel continua a fazer todos os esforços para o retorno de todos os reféns’, afirmou em nota.
O Exército israelense estima que 105 reféns ainda estejam em poder dos terroristas, incluindo 34 que estariam mortos. A maioria foi capturada durante os ataques de 7 de outubro, que resultaram na morte de cerca de 1.200 israelenses.
Desde o início do conflito, o exército israelense causaram extensa destruição em Gaza, provocando o deslocamento de quase 2,3 milhões de habitantes e resultando em mais de 40.000 mortes palestinas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.