O Clube Atlético Mineiro solicitou à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) uma punição rigorosa após incidentes racistas ocorridos durante a partida contra o San Lorenzo pela Copa Libertadores. O jogo, que terminou em empate de 1 a 1 na Argentina, foi marcado por gestos racistas de torcedores do clube argentino, incluindo a imitação de macacos.
Em um comunicado oficial, o Atlético-MG expressou sua indignação: ‘O combate ao racismo é uma luta constante, e o Galo não pode ficar em silêncio diante dos lamentáveis episódios de racismo que ocorreram novamente na torcida do San Lorenzo, na noite de ontem (terça-feira). Enquanto não houver punições rigorosas, continuaremos a enfrentar essas atitudes cruéis e desumanas’.
Os incidentes racistas ocorreram antes do intervalo da partida, quando torcedores do San Lorenzo foram flagrados imitando macacos. A torcida do Atlético-MG respondeu prontamente com gritos de ‘Racista, racista’.
Um aspecto particularmente perturbador do incidente foi a participação de uma criança nos gestos racistas, o que chamou ainda mais atenção para a gravidade da situação.
Até o momento, a Conmebol não se pronunciou sobre o ocorrido. No entanto, este não é um caso isolado. Na fase de grupos da Libertadores, torcedores do San Lorenzo já haviam realizado gestos racistas contra a torcida do Palmeiras.
O Atlético-MG também foi vítima de ataques semelhantes em um jogo contra o Peñarol, em Montevidéu, demonstrando que este é um problema recorrente no futebol sul-americano.
A Conmebol, em nota anterior sobre incidentes similares, declarou que considera ‘qualquer manifestação de racismo ou outras formas de violência em seus torneios absolutamente inaceitável’. A entidade afirmou que a luta contra este flagelo é uma de suas principais preocupações e prioridades.