Donald Trump foi oficialmente nomeado o candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos durante a convenção do partido, que teve início nesta segunda-feira (15/07) em Milwaukee, Wisconsin. Ele deverá aceitar a nomeação através de um discurso programado para a próxima quinta-feira (18/07).
‘É minha honra nomear Donald J. Trump para o cargo de presidente dos Estados Unidos’, declarou Jeff Kaufmann, diretor do partido em Iowa, estado que tem destaque por ser o primeiro a votar nas primárias republicanas. Kaufmann enfatizou que os discursos críticos ao governo de Joe Biden durante a convenção não são motivados por partidarismo, mas sim por uma ‘preocupação com o bem-estar e a segurança dos americanos’.
A convenção foi marcada por um momento de silêncio em homenagem às vítimas de uma tentativa de assassinato contra Trump ocorrida no último sábado. Esse momento foi seguido por uma oração liderada pelo arcebispo Elpidophoros, da Igreja Ortodoxa Grega. A reunião, que se estenderá até quinta-feira, conta com a presença de aproximadamente 50 mil pessoas na cidade e 2.429 delegados, dos quais 2.265 são obrigados a votar em Trump devido às vitórias nas primárias de seus estados.
Outro grande destaque do evento foi o anúncio de J.D. Vance como vice na chapa republicana, com previsão de discurso para a noite de quarta-feira (17/07). A estratégia do partido inclui suavizar a imagem agressiva e polarizadora de Trump, com o objetivo de atrair eleitores independentes e indecisos.
Durante a convenção, será votado o programa de governo proposto por Trump, que foca em uma série de políticas restritivas, particularmente em relação à imigração. O programa sugere medidas drásticas como o deslocamento de tropas americanas para a fronteira com o México e a retomada da construção de um muro.
Além disso, propõe o reinício das restrições de entrada nos EUA para cidadãos de países muçulmanos. O programa de governo, que é descrito em um documento de 16 páginas cheio de frases em letras maiúsculas e exclamações, também inclui promessas como acabar com a inflação, transformar os EUA na maior potência energética do mundo e realizar cortes significativos de impostos.