Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram paralisar suas atividades a partir desta quarta-feira (10/07).
A greve, que afeta tanto os trabalhadores presenciais nas Agências da Previdência Social quanto aqueles em regime de home office, promete impactar diretamente a análise e concessão de benefícios como aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de recursos, revisões e atendimentos presenciais, com exceção das perícias médicas.
Representantes dos servidores ainda não conseguiram quantificar o total de adesões, mas a expectativa é de que a greve tenha uma ampla participação. Segundo informações do SINSSP-BR, sindicato nacional dos servidores, cerca de 50% dos trabalhadores em regime remoto já confirmaram sua adesão à greve.
O INSS comunicou que, até o momento, não há registros de agências fechadas e que continua operando normalmente pelos canais remotos. Os segurados podem acessar serviços pelo aplicativo ou site Meu INSS e pela Central Telefônica 135, que funciona das 7h às 22h.
Os sindicatos envolvidos, incluindo o SINSSP (Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo) e a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), já notificaram o governo sobre a greve e agendaram uma reunião para o comando de greve na próxima sexta-feira (12), às 18h.
Além do reajuste salarial de 33% até 2026, os servidores reivindicam a valorização da carreira de técnico do seguro social, exigindo que seja reconhecida como essencial para o funcionamento da máquina pública.
Antes da greve, os funcionários realizavam a ‘operação apagão’, reduzindo sua produção em 20% e evitando horas extras, como forma de protesto pelas condições atuais e pela falta de avanço nas negociações.