Espaçonave Cassini revela novos detalhes sobre Titã, lua de Saturno

Espaçonave Cassini revela novos detalhes sobre Titã, lua de Saturno

Estudo recente analisa mares de hidrocarbonetos em Titã, indicando variações químicas e evidenciando processos semelhantes aos terrestres

A missão da espaçonave Cassini, que estudou Saturno e suas luas por 13 anos, terminou em 2017 com seu mergulho final no planeta. Mesmo após anos do fim da missão, os dados coletados ainda são analisados, trazendo novidades sobre Titã, uma das luas de Saturno.

Titã é notável por ser o único corpo celeste além da Terra com mares líquidos em sua superfície, embora sejam de hidrocarbonetos, não de água. Os principais mares de Titã, localizados próximo ao polo norte, são o Kraken Mare, Ligeia Mare e Punga Mare.

Estes mares apresentam uma composição química diversa, com variações significativas de metano e etano. Estudos recentes revelaram que a composição dos mares varia com a latitude, oferecendo um novo olhar sobre a complexidade química de Titã.

Detalhes dos dados da espaçonave

Os dados de radar bistático, utilizados em sobrevoos da Cassini, forneceram informações detalhadas sobre a superfície e a textura dos mares. Estes dados indicaram atividades de correntes e maior rugosidade nas áreas onde os rios desembocam nos mares, formando estuários e, em alguns casos, deltas.

‘Titã é realmente um mundo semelhante à Terra com um conjunto diversificado de morfologias de superfície muito familiares, moldadas por um sistema hidrológico baseado em metano operando em uma atmosfera densa de nitrogênio’, explicou Valerio Poggiali, cientista planetário da Universidade de Cornell e autor principal do estudo.

Além disso, foi observado que os mares de Titã são influenciados pela gravidade de Saturno, criando uma faixa de maré de cerca de 30 centímetros. ‘Os mares de Titã são puxados pela enorme gravidade de Saturno, assim como nossos mares, e a faixa de maré em algumas de suas costas pode ser de cerca de 30 cm. Como o período da maré — o dia de Titã — é longo, 16 dias terrestres, o ciclo de maré é lento, então as correntes de maré são geralmente fracas’, disse Ralph Lorenz, cientista planetário da Universidade Johns Hopkins e coautor do estudo.

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