O presidente Joe Biden declarou publicamente seu apoio à vice-presidente Kamala Harris para sua sucessão. O ainda presidente, inclusive manifesta a preferência em suas redes sociais, desde que desistiu oficialmente da disputa. No entanto, a forma como o Partido Democrata conduzirá o processo de seleção do candidato presidencial permanece indefinida.
Harris não tem garantia de ser a indicada, pois precisa conquistar a maioria durante a convenção, assim como qualquer outro concorrente. O Partido Democrata está montando um sistema para realizar a votação de nomeação presidencial remotamente antes da convenção do próximo mês.
Segundo um plano apresentado na sexta-feira (19/07), os delegados receberiam um aviso de 24 horas antes do início da votação, que ocorreria por meio de cédulas digitais enviadas por e-mail. Contudo, o partido ainda não aprovou o plano na reunião de sexta-feira, deixando em aberto a possibilidade de manter a votação remota ou permitir que ela ocorra presencialmente na convenção.
No momento, outros três democratas estão colocados para disputar a candidatura com Kamala Harris: Gretchen Witmer, atual governadora do estado do Michigan; J.B. Pritzker, atual governador do estado do Illinois; e Sherrod Brown, senador pelo estado de Ohio.
Sob as regras do Partido Democrata, candidatos precisam reunir entre 300 e 600 assinaturas de delegados de diversos estados para terem seus nomes indicados. Além disso, devem ser reconhecidos como ‘democratas de boa-fé’ e demonstrar ‘apoio substancial’ para sua nomeação.
Até o momento, o partido não detalhou como será feita a determinação dos candidatos elegíveis, tarefa que cabe ao presidente do Comitê Nacional Democrata (DNC).
Existem dois conjuntos separados de delegados: os 3.949 delegados comprometidos, que foram selecionados por processos estaduais e, em sua maioria, apoiam Biden; e os aproximadamente 750 delegados automáticos, também conhecidos como ‘superdelegados’, que podem votar livremente no candidato de sua escolha.