Estudo realizado pelo Instituto Cactus em parceria com a AtlasIntel, destaca uma correlação preocupante entre o uso intensivo de redes sociais e o aumento de transtornos de ansiedade no Brasil. A pesquisa, que incluiu respostas de 3.266 brasileiros durante os meses de dezembro de 2023 e janeiro de 2024, indicou que 43,5% dos usuários que passam três horas ou mais por dia em plataformas como Instagram, Facebook e TikTok foram diagnosticados com ansiedade.
O ‘Panorama da Saúde Mental’ buscou uma análise sistêmica da saúde mental dos brasileiros, baseando-se na escala do Índice Contínuo de Avaliação da Saúde Mental (ICASM), que varia de 0 a 1000. Pontuações mais baixas foram observadas entre os usuários mais ativos nas redes sociais, com uma média de 610, em comparação com aqueles que utilizaram essas plataformas menos frequentemente, cujas pontuações foram significativamente mais altas.
Entre os entrevistados, 36,9% afirmaram passar mais de três horas diárias nas redes, enquanto 35,7% reportaram um uso moderado, de uma a três horas. Apenas 6,5% dos participantes mencionaram um uso mínimo ou nulo dessas plataformas. Curiosamente, o estudo também revelou que usuários menos frequentes apresentaram melhores índices no ICASM, sugerindo uma relação direta entre o tempo de exposição às redes sociais e a deterioração da saúde mental.
Os autores do estudo apontam que o uso excessivo das redes sociais pode levar a diversos problemas psicológicos, como alterações na autoimagem, redução do contato social presencial, maior risco de exposição ao cyberbullying, e até alterações no funcionamento do sistema de recompensa do cérebro. Além disso, estudos correlatos indicam um aumento nos índices de depressão e ansiedade associados à frequência de uso dessas plataformas.
‘O panorama é alarmante, e os efeitos das redes sociais na saúde mental podem ser profundos. É essencial promover um uso consciente e moderado das plataformas digitais entre a população’, aponta o estudo.