O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou de sua equipe governamental mais agilidade na implementação de projetos, especialmente após anunciar um novo financiamento para o Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Amas), que completa um ano desde sua introdução. O plano, que tinha sido divulgado inicialmente sob a gestão de Flávio Dino no Ministério da Justiça, receberá um investimento adicional de R$ 318,5 milhões providos pelo BNDES, elevando a expectativa de aceleração nas ações propostas.
Após um ano do lançamento do Amas, que previa inicialmente um aporte de R$ 2 bilhões e a criação de 34 bases de segurança, nenhuma construção foi iniciada. ‘Se levar mais um ano, vai terminar o mandato sem colocar em prática nosso plano’, desabafou Lula. Ele enfatizou a necessidade de urgência na execução: ‘Quero fazer um apelo aos companheiros que vão executar: é preciso ser rápido, passar por cima dos manuais. É preciso tentar fazer as coisas acontecerem.’
A demora e a burocracia foram pontos críticos abordados pelo presidente. ‘É importante que a gente apresse um pouco o processo de construção. Menos reunião, menos burocracia, menos papel e fazer as coisas acontecerem’, insistiu. Lula alertou para o curto período de gestão, que dura apenas quatro anos, ressaltando a importância de agilizar os processos para evitar a perda de recursos e continuidade nas políticas para a Amazônia.
Ricardo Lewandowski, atual ministro da Justiça, defendeu a gestão das atividades, negando que houvesse reclamações significativas por parte do presidente sobre a lentidão do projeto. ‘Ele não disse que o projeto não andou como deveria. O projeto andou, teve resultados. O que ele reclama, com razão, é que a nossa legislação que estabelece regras para licitações públicas é extremamente formal e burocrática’, explicou Lewandowski. Ele acrescentou que, apesar das formalidades legais, o governo tem sido instruído a manter o ritmo das licitações, especialmente aquelas que podem acelerar o plano.